10 Curiosidades Sobre Edgar Allan Poe

Olá, Perdidos! Boston, Massachusetts. Estados Unidos. Janeiro de 1809. Nasce o poeta, escritor, editor e crítico literário norte-americano Edgar Allan Poe (1809–1849). Conhecedor da morte, sombrio e misterioso. O tempo passa e uma lacuna de 213 anos nos separam. Mas não muito. 





Hoje é aniversário de Poe (Uhuuu... Parabéns!) e em comemoração trago a vocês algumas curiosidades sobre um dos escritores mais influentes do século XIX. 


CURIOSIDADES 


  1. BIGODE – Conseguem imaginar Poe sem seu bigode? Eu não. Contudo, ao que tudo indica, ele só adotaria esse visual, tão conhecido por todos nós atualmente, nos últimos anos de sua vida, quando se encontrava em plena melancolia. 
  2. CASAMENTO COM A PRIMA – Muitos acham que o casamento entre primos é um tabu, especialmente pela idade da menina, mas na época de Poe não era algo tão anormal assim. Ele com 26 anos e sua prima, Virginia Clemm, com apenas 13 anos, se casaram em 1835. Foram 11 anos de casamento que chegou ao fim quando ela, aos 24 anos, morreu vítima de tuberculose, a mesma doença que levou sua mãe Eliza Poe. 
  3. CRIPTOGRAFIA – O autor sempre teve interesse em criptografia, ou seja, técnicas de comunicação segura com texto cifrado, e adotou o método em alguns de seus contos. Sabe-se que William F. Friedman, o maior criptógrafo do exército dos Estados Unidos e responsável pela quebra dos códigos japoneses na Segunda Guerra Mundial, foi influenciado diretamente por Poe, após ter lido O Escaravelho de Ouro (The Gold-Bug, de 1843), cheio de pistas enigmáticas. 
  4. GATOS – No conto O Gato Preto (The Black Cat, de 1843), o narrador maltrata animais, em especial, seu gato preto Pluto/Plutão. Ao contrário do que se possa imaginar, Poe amava os animais e tinha uma gata chamada Catterina. Muitos de seus contos foram escritos com ela sobre seus ombros. Talvez uma inspiração a mais para suas histórias. Conta-se que após a morte do autor, a gatinha não suportou a falta de seu dono e faleceu de tristeza. Tocante, não?!  
  5. DETETIVE MODERNO – Muito antes de Sherlock Holmes e Hercule Poirot, surgiu Auguste Dupin na primeira história moderna de detetives. Os Assassinatos da Rua Morgue (The Murders in the Rue Morgue, de 1841) foi o estopim do que viria a se tornar a base para o estilo literário de ficção detetivesca. Crimes aparentemente insolúveis, policiais desorientados, investigação de campo à procura dos detalhes, muitas deduções mentais e acentuada capacidade analítica. 
  6. HISTÓRIA VERÍDICA – Antes da infeliz popularização das fake news ou de Orson Wells ter apavorado seus ouvintes com sua transmissão radiofônica de uma invasão à Terra pelos marcianos, Poe já tinha feito das suas. A Verdade Sobre O Caso Do Sr. Valdemar (The Facts in the Case of M. Valdemar, de 1845) foi publicado como um caso verídico, um artigo científico verdadeiro em que o narrador tentava salvar o Sr. Valdemar da morte usando hipnose. Muitos leitores acreditaram que se tratava de um artigo verdadeiro e escreveram para o autor. Após brincar com a ideia, Poe admitiu que se tratava de um conto fictício de suspense e horror. 
  7. NEVERMORE – Apesar de O Corvo (The Raven, de 1845) ter transformado Poe em uma personalidade conhecida por todos instantaneamente, sendo o poema reimpresso, imitado e parodiado, não trouxe ao autor estabilidade financeira. Ao vender seu conto pela primeira vez, ele recebeu apenas $9.00 (nove dólares). Segundo ele: “Eu não ganhei dinheiro. Estou tão pobre agora como sempre fui em minha vida – exceto na esperança, que não é de forma alguma financiável”. 
  8. CRÍTICA – Apesar dos vários elogios dedicados ao seu poema O Corvo houve aqueles que não gostaram nem um pouco e não mediram esforços para destruí-lo. Yeats chamou-o de “hipócrita e vulgar”; Ralph Waldo Emerson disse “não ter visto nada de relevante nele”; Aldous Huxley escreveu que sua escrita “cai na vulgaridade por ser ‘muito poética’ – como usar um anel de diamantes em cada dedo”. E não faltou quem o tenha acusado de plágio. A inveja é um caso sério. 
  9. ROMANCE – Edgar Allan Poe escreveu um único romance intitulado A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket (The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket, de 1838). Nesta ficção gótica de terror, Arthur Gordon Pym embarca clandestinamente em um baleeiro e a partir daí acontecem várias aventuras e desventuras que incluem motim, naufrágio e canibalismo. Uma história que foi incentivada pelo próprio Poe a ter uma continuação. Infelizmente, parece que às vezes a vida imita a arte, pois em 1884, os sobreviventes de um iate britânico mataram um dentre eles para comer, seu nome era Richard Parker, um garoto analfabeto de 17 anos que, por acaso, tinha o mesmo nome da vítima que serviu de banquete no livro. Nome sinistro! 
  10. VIVENDO DA ESCRITA – Poe foi o primeiro escritor americano a tentar ganhar a vida com seu trabalho. Infelizmente, isso proporcionou uma vida financeira muito difícil. Sua vida de escritor começou aos 18 anos quando publicou seu primeiro livro, uma coleção de poemas chamada Tamerlane and Other Poems, em 1827, onde ele assinava como: “Por um bostoniano”. Foram publicadas somente 50 cópias e acredita-se que hoje restem apenas 12 exemplares. Item raro. 



Leia também: 

O Gato Preto 

Os Assassinatos Na Rua Morgue 

A Verdade Sobre O Caso Do Sr. Valdemar 

Estamos Sendo Invadidos? 


Sua genialidade o mantém vivo, lido e adaptado para novas mídias. Apesar da morte ser um tema recorrente em suas obras, ele tornou-se imortal


 

Doe livros, presenteie livros ou, apenas, indique livros. 
Incentive a leitura! 
Leia Edgar Allan Poe! 







Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 





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