Olá, Perdidos. Não sei explicar o motivo que, mesmo sem conhecer muito de sua obra, sempre me fez nutrir por Edgar Allan Poe um amor especial. Já tinha lido uma coisinha aqui, visto uma adaptação cinematográfica de algum conto ali, e tudo sempre me fascinou.
Agora tive a oportunidade de participar de uma Leitura Coletiva, lá no Telegram sobre o livro Edgar Allan Poe Medo Clássico 1 (#LendoEdgarAllanPoe♥), da caveirinha (Darkside), e, desta vez li vários contos e, é claro, amei! Poe tem uma escrita, simplesmente, notável. Não dá para ler e sair incólume. Algo sempre muda a cada leitura.
O livro é dividido em categorias onde os contos mais representativos de Edgar Allan Poe foram registrados. Essas categorias são: Espectro da Morte, Narradores Homicidas, Detetive Dupin, Mulheres Etéreas, Ímpeto Aventureiro, e O Corvo, seu poema/obra-prima mais famoso. Além de textos elucidativos sobre Poe, sua época e sua obra.
O livro é dividido em categorias onde os contos mais representativos de Edgar Allan Poe foram registrados. Essas categorias são: Espectro da Morte, Narradores Homicidas, Detetive Dupin, Mulheres Etéreas, Ímpeto Aventureiro, e O Corvo, seu poema/obra-prima mais famoso. Além de textos elucidativos sobre Poe, sua época e sua obra.
Então, decidi falar de um conto chamado Os Assassinatos Na Rua Morgue, lançado em 1841. Nesse conto somos apresentados ao personagem que inspirou Sherlock Holmes, o famoso detetive de Arthur Conan Doyle e que influenciou, também, o detetive belga Hercule Poirot, de Agatha Christie. Senhoras e Senhores, lhes apresento monsieur C. Auguste Dupin.
A verdade nem sempre está no fundo de um poço.
No conto temos uma espécie de Watson, porém aqui o narrador não tem nome, que se torna amigo do entusiasta francês C. Auguste Dupin. Ele narra a história e nos mostra todo o método de dedução seguido por Dupin. Tin tin por tin tin! É impressionante como ele chega as mais extraordinárias deduções, simplesmente observando e prestando muita atenção aos detalhes.
E é devido ao seu método incomum e analítico que Dupin examina atentamente as manchetes e reportagens de vários jornais, com os vários depoimentos de testemunhas e policiais sobre um homicídio misterioso em que mãe e filha foram brutalmente assassinadas.
Após pedir permissão a G., o comissário de polícia, Dupin e seu amigo vão investigar minuciosamente o local do crime. Atento a tudo que a polícia parisiense pudesse ter ignorado, ele, finalmente, soluciona o caso que para todos parecia ser indecifrável.
Em uma investigação como a que estamos nos engajando agora, não deveríamos perguntar ‘O que aconteceu?’, e sim ‘O que aconteceu, mas nunca aconteceu antes?’. Na verdade, a facilidade com a qual chegarei, ou já cheguei, à solução desse mistério é proporcional à sua aparente insolubilidade aos olhos da polícia.
Seguimos junto com Dupin através de sua explicação minuciosa sobre os fatos, levantando questões intrigantes e resolvendo o mistério das mortes bizarras na Rua Morgue.
Edgar Allan Poe foi o precursor do moderno conto policial com Os Assassinatos Na Rua Morgue, onde o raciocínio lógico leva a resolução do caso. Ele, através do curioso Dupin, expõe a importância dos mínimos detalhes, por mais simples e inocentes que eles possam parecer, e que o nosso cotidiano é muito mais estranho do que podemos imaginar.
Os Assassinatos da Rua Morgue, filme de 1932, com Bela Lugosi, Sidney Fox, Leon Ames, Betty Ross Clarke e Brandon Hurst |
Para entendermos melhor como funciona o processo analítico de Dupin, o narrador nos explica como ele desenvolve suas conclusões através de uma conversa que ele teve com seu amigo durante um passeio à noite sobre um sapateiro metido a ator, chamado Chantilly. É impressionante como surgem as conexões que levam o aspirante a detetive a solucionar um mistério.
O poder analítico não deve ser confundido com simples perspicácia, pois, enquanto o analista é necessariamente perspicaz, o perspicaz muitas vezes se mostra incapaz de fazer uma análise.
É claro que não vou dar detalhes de quem é o assassino. Isso seria uma maldade. Imagina! Vou dizer apenas que eu achei de uma imensa criatividade de Poe. Sensacional e extremamente imprevisível. Será que vocês conseguem adivinhar quem cometeu os assassinatos na Rua Morgue?
FICHA TÉCNICA
Título: Edgar Allan Poe Medo Clássico 1
Título Original: Edgar Allan Poe Medo Clássico 1
Autor: Edgar Allan Poe
Ano: 2017
Páginas: 384
Editora: Darkside
Gênero: Contos / Terror e Suspense
Tradutor: Maria Heloísa
AUTOR
Edgar Poe, que mais tarde passaria a usar o nome Edgar Allan Poe, nasceu em 19 de janeiro de 1809, em Boston, Massachusetts. Poe era filho de um casal de atores que, após a morte de sua mãe, foi entregue ao rico comerciante John Allan e sua esposa Francis. Mesmo acolhendo o menino e lhe dando seu sobrenome Allan, ele nunca o adotou legalmente.
Adolescente, estudou na Inglaterra por cinco anos e ao voltar para os Estados Unidos entrou para a Universidade de Virginia, e por ser um boêmio foi expulso após um ano. Também se matriculou na Academia Militar de West Point, mas foi expulso, o que fez que seu pai adotivo o desprezasse até o final de sua vida.
Em 1835, Poe e Virgínia Clemm, sua prima em primeiro grau de treze anos, se casaram e, em 1847, com 24 anos, Vírginia morreu de tuberculose. Tanto a doença quanto a morte de sua esposa, tiveram grande efeito sobre o escritor que se voltou ainda mais para o álcool, declinando em solidão e tristeza.
Poe escreveu poesias, contos de terror, sátiras, contos de humor, reinventou a ficção científica e criou o primeiro detetive de contos policiais modernos. Ele foi e ainda é o maior representante do romantismo americano e suas obras mais conhecidas eram de estilo gótico. Em 1845, publicou sua obra-prima, o poema O Corvo, The Raven em inglês.
No ano 1849, dois anos após a morte de sua esposa, aos 40 anos de idade, seria a vez de Poe partir para o outro lado. Uma morte que permanece inexplicável até os dias de hoje.
Quer saber um pouco mais leia Um Brinde À Edgar Allan Poe
Até a próxima!
Beijos mil! :-)
Criss
Criss
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