Livros Favoritos No Dia Internacional Da Mulher

Olá, Perdidos! Vocês costumam ler livros escritos por mulheres? Com o passar do tempo a contribuição feminina na literatura, um espaço dominado por homens, tem aumentado, mas ainda não é o ideal. Durante muitos anos a capacidade das mulheres em escrever, votar ou fazer qualquer coisa considerada essencialmente masculina foi subestimada. Para a sociedade patriarcal em que vivíamos, e ainda vivemos, as mulheres não mereciam as mesmas oportunidades que os homens





Na literatura a criatividade e a escrita das mulheres era símbolo de chacota e conquistar o respeito dentro desse universo de exclusividade masculina era algo bem difícil. Por isso as restrições enfrentadas pelas mulheres no passado e sua perseverança em transpor obstáculos contribuíram para a conscientização do papel e do lugar que ocupam no mundo. 

Falar em representatividade feminina é falar em uma sociedade mais progressista, mais democrática, envolvendo direitos sociais e políticos e inspirando mulheres a conquistarem cada vez mais espaço no mercado, em vários nichos, neste caso na literatura


Leia também: Dia Internacional Da Mulher: Origens


Particularmente eu não compro nem leio livros averiguando de antemão o gênero, a orientação sexual, a nacionalidade ou a religião de quem escreve, apenas a sinopse da história para saber se me interessa ou não. Mas fico especialmente feliz quando um livro maravilhoso tem autoria feminina e ele é amplamente reconhecido, assim como quem o escreveu

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher quero apresentar dois dos meus livros favoritos (tenho vários favoritos!) de duas autoras que entraram para a história da literatura com livros magníficos. 





O Morro Dos Ventos Uivantes (1847) 

Um dos meus livros favoritos da vida e um dos maiores romances da literatura foi escrito por Emily Brontë que por sinal tinha outras irmãs escritoras, Charlotte e Anne, que se tornaram conhecidas mundialmente com obras como Jane Eyre e Agnes Gray, respectivamente. Elas são consideradas três das maiores escritoras inglesas. 

Mas, você sabia que no início de suas carreiras elas tiveram que usar pseudônimos masculinos? Os nomes masculinos facilitariam a publicação e a aceitação de seus livros. Uma estratégia para evitar preconceito por serem escritoras mulheres e terem sua leitura estereotipada. Chocante, não é mesmo? Assim, Emily tornou-se Ellis Bell, Charlotte virou Currer Bell e Anne assumiu o nome Acton Bell. Cada pseudônimo com as iniciais de seus próprios nomes e de seu sobrenome. 

Wuthering Heights (nome do livro em inglês) é uma obra-prima gótica, sombria e perturbadora que nos faz refletir sobre a essência humana, a transformação do caráter humano sendo moldado pelas circunstâncias e o lado obscuro dos sentimentos. É, simplesmente, avassalador! Ninguém estava preparado para Emily e seus ventos uivantes em meados do século XIX. 



Qualquer que seja a substância das almas, a minha e a dele são feitas da mesma coisa. 


Confira a resenha: Passeando Pelas Charnecas De “O Morro Dos Ventos Uivantes” 






Frankenstein Ou O Prometeu Moderno (1823) 

O livro de Mary Shelley é outro favoritaço! Uma obra-prima gótica sem igual que não importa quantas vezes se leia não cansa e não sai de moda. Extremamente atual com suas discussões inéditas sobre bioética, algo que sequer existia na época. A imortalidade através de transplantes, células-tronco, clonagem, engenharia genética e inteligência artificial. A ética e seus limites, a dualidade do ser humano, responsabilidade, aceitação, solidão e abandono. A fé na ciência e no progresso em meio à estagnação e ao medo de mudanças. 

Ela foi a primeira escritora de ficção científica da história e que, aos 19 anos, começou a escrever seu Frankenstein numa noite tempestuosa. Na época, muitos insistiam que a colaboração de Percy Bysshe Shelley, poeta renomado e marido de Mary, foi além de um mero auxílio dado a novos autores, atribuindo a ele os créditos pela obra.  Tempos depois ele admitiu que Mary era a verdadeira autora do livro. Mary, inovadora! 



Criador insensível e sem coração! Dotou-me de percepções e paixões e depois dispensou-me como um objeto de escárnio e horror da humanidade! 


Confira a resenha: “Frankenstein ou O Prometeu Moderno” Desafia Os Deuses



Perceberam que os dois livros são obras góticas? Estou constatando uma tendência... Hahahaha! 😀

Essa é minha singela homenagem ao Dia Internacional das Mulheres e a todas as autoras ou escritoras

E vocês? Já leram O Morro dos Ventos Uivantes e/ou Frankenstein

Quais suas obras preferidas escritas por mulheres? 




FELICITAÇÕES A TODAS AS MULHERES! 




Doe livros, presenteie livros ou, apenas, indique livros. 
Incentive a leitura! 





Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 




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