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[OUTUBRO ATERRORIZANTE] “A Árvore Do Halloween” Com Suas Abóboras Sorridentes



Olá, Perdidos! Se você gosta do Dia das Bruxas não pode deixar de ler “A Árvore do Halloween”, de Ray Bradbury. Trata-se de uma obra que transcende o tempo e o espaço, convidando leitores de todas as idades a uma jornada mágica e reveladora. 

O livro foi publicado pela primeira vez em 1972, e permanece um tesouro literário que celebra não apenas o espírito do Halloween, mas também a riqueza das tradições que cercam esta festividade ao redor do mundo. Do Samhain ao Halloween atual. 







Tom Skelton estremeceu. Qualquer um podia notar que o vento era especial naquela noite, e era especial a sensação que a escuridão despertava, pois era Dia das Bruxas. 


A história nos leva a uma aventura pra lá de mágica com um grupo de oito amigos, cada um vestido devidamente para a ocasião tão especial para eles: Tom Skelton, o Esqueleto; Henry-Hank Smith, a Bruxa; George Smith, o Fantasma; J.J., o Homem das Cavernas; Wally Babb, a Gárgula; Fred Fryer, o Mendigo; “Hackles” Nibley, a Morte e Ralph Bengstrum, a Múmia. E combinam de se encontrar com Joe Pipkin, o nono amigo e a alma da festa, na casa mal-assombrada da cidade. 

Contudo, na busca por gostosuras ou travessuras na noite de Halloween, Pipkin, simplesmente, desaparece. Na casa, o grupo encontra a apavorante Árvore de Halloween com várias abóboras com suas faces iluminadas, além do misterioso Sr. Montarlha (Carapaça Clavícula Montarlha) que os guia em uma jornada extraordinária em busca do amigo. 

E, juntos, todos nós embarcamos em uma viagem através das eras para descobrir as origens e os significados do Halloween em diferentes culturas mundo afora. 

Uma viagem que, não apenas, explora festas e folclores, mas também provoca uma profunda reflexão sobre a vida, a morte e os laços que nos unem. 


O que me dizem, rapazes? Será que resolverão dois mistérios de uma vez só? Procurar e salvar o amigo perdido e descobrir o segredo do Halloween, tudo de uma sombria e perigosa vez? 


Eu amo demais a escrita de Bradbury, conhecido por sua habilidade em tecer ficção científica e fantasia. E ele brilha nesta obra, justamente, por sua escrita poética e fluida, criando um mundo onde a imaginação não conhece limites e onde cada página é uma celebração da curiosidade e da coragem. Enquanto explora as tradições antigas e modernas, trata de questões culturais e históricas de forma lúdica e fantasiosa que encanta tanto crianças quanto adultos. 





Confesso que não fazia ideia do que esperar deste livro. No início fiquei meio assim-assim... Mas, à medida que lia, e atravessava seus dezenove capítulos, me empolgava com essa história maluca em busca de Pipkin e do conhecimento. Pensei até que ia encontrar o ET Bilu! Hahaha! Foi realmente uma leitura inusitada e bem interessante. E quanto a Árvore do Halloween do Sr. Montarlha, bem... você tem que ler para entender. 


– Ali está, garotos. Deem uma olhada. Conseguem ver? Ali está todo o nosso voo, de dez mil anos, ali está toda a nossa viagem num só lugar, desde os homens das cavernas, passando pelo Egito e pelas portas romanas, seguindo para o campo de colheita na Inglaterra até o cemitério no México. 


A Árvore do Halloween” não é só um livro infanto-juvenil, é um convite para entender e apreciar essa rica tapeçaria de histórias que formam o Halloween da forma como o conhecemos hoje. É um maravilhoso lembrete de que, apesar das diferenças, todos nós compartilhamos medos e alegrias universais

Bradbury nos oferece uma visão encantadora que até hoje permanece relevante, inspirando as novas gerações a olhar para além do véu do conhecido e a celebrar a maravilha do desconhecido. 


– Dia e noite. Verão e inverno, garotos. Época da semeadura e da colheita. Vida e morte. O Halloween é isso, tudo junto em uma coisa só. Meio-dia e meia-noite.


Então, se você busca uma leitura que combine aventura, história e uma escrita poética, corre logo e adquira um exemplar de “A Árvore do Halloween”. Afinal, Bradbury nos mostra que, por trás das fantasias, das máscaras e das travessuras, há um mundo de histórias incríveis esperando para ser descoberto. E você, está pronto para essa viagem? Segura na abóbora! 



FICHA TÉCNICA 


Título: A Árvore do Halloween 
Título Original: The Halloween Tree 
Autor: Ray Bradbury 
Ano: 2014
Páginas: 160 
Editora: Bertrand Brasil 
Gênero: Ficção de Terror  
Tradutor: Natalie Gerhardt 
Ilustrações: Joseph Mugnaini  


Conhecendo um pouco mais Ray Bradbury 






Ray Douglas Bradbury ou como era mais conhecido Ray Bradbury nasceu em Illinois (EUA) em 22 de agosto de 1920.  Por seu pai ser técnico em instalação de linhas telefônicas, ele e sua família se mudavam com muita frequência, até que em 1934, eles se fixaram em Los Angeles, Califórnia. 

Ray só concluiu os estudos até o segundo grau, mas não possuir uma formação acadêmica não o impediu de se tornar um dos maiores escritores de ficção científica. Além de escritor, ele também era ensaísta, poeta e roteirista. 

Aos 18 anos publicou seu primeiro conto em uma revista de ficção científica. Em 1947, ele se casa com Marguerite McClure e após publicar As Crônicas Marcianas, em 1950, ele passa a figurar entre os nomes mais importantes da ficção científica. Depois vieram várias obras suas, inclusive The Illustrated Man ou O Homem Ilustrado, em português, e sua obra-prima Fahrenheit 451, com a qual ganhou o Prêmio Hugo de FC e que mais tarde se tornou filme dirigido por François Truffaut. Fahrenheit 451 é uma das histórias consideradas precursoras do gênero distopia. 

Ray teve uma vida bem produtiva e publicou mais de 30 livros, 600 contos, vários poemas, ensaios e roteiros para animações. Durante toda sua carreira ele recebeu os prêmios mais importantes da ficção científica, os prêmios Nebula e Hugo, o prêmio National Medal of Arts (2004) e um prêmio dos diretores da National Book Foudation pelas suas contribuições para a literatura americana. 

Em 2003, sua esposa falece e em 2012, aos 91 anos, Ray Bradbury morre e a seu pedido sua lápide contém o epitáfio: Autor de Fahrenheit 451


 





Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 





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