[OUTUBRO ATERRORIZANTE] [Conto Cristhiano Aguiar] As Onças



Olá, Perdidos! Consegue imaginar animais selvagens fazendo um cerco nas cidades e fazendo seus cidadãos prisioneiros em suas próprias casas? O autor paraibano Cristhiano Aguiar conseguiu a proeza, explorou o universo fantástico e criou o conto de terror As Onças que faz parte do livro Gótico Nordestino





No conto temos uma mãe que vive com sua filhinha, Diana, numa cidade pequena e turística do Nordeste. As duas têm que atravessar o vilarejo infestado de forma inexplicável com perigosas onças para buscar provisões e, principalmente, um remédio para o ex-marido doente. 


O que é uma filha, afinal? Anjinho, arma, continuidade, salvação? 


Facões e cordas agora são os utensílios domésticos mais apreciados pelas famílias que além de se verem acuadas pelas onças, também se veem ameaçadas por milicianos e todo tipo de bandidagem. O apoio de soldados armados e protegidos patrulhando a cidade é mínimo e a vigilância das pessoas não pode abrandar nessa estranha “epidemia das onças”. 

Ninguém sabe de onde as onças vieram e muito menos o motivo de estarem dizimando as cidades pelo Brasil afora. O que as pessoas perceberam é que essas onças não são comuns, elas são inteligentes, muito mais do considerado normal para o felino, burlando até mesmo trancas reforçadas. Além de um comportamento singular, seus ataques são extremamente brutais, fazendo com que as pessoas se tranquem em suas casas, mantendo as luzes acessas para se protegerem, saindo só quando não há mais nenhuma outra opção viável. 


A massa não era o horror rastejante do que apodrece, dos vermes agitados; mantinha um frescor do brilho, na carne, nos fluidos, nos ossos, da energia vital recém-abandonada. 


O medo, a tensão e a cautela excessiva acompanham essa mãe e sua filha por todo o caminho que percorrem até encontrarem o remédio, tanto na ida quanto na volta para casa. Se é que há volta pra casa. 

Os avisos cheios de sangue, como animais destroçados e pessoas dilaceradas, que encontram na empreitada só aumentam a sensação de impotência diante da situação que é inexplicável e apavorante. Afinal, até quando poderão resistir? Esse cenário apocalíptico terá um fim? 





A sensação que tive ao ler o conto é do mais puro pavor, indefesa total e apreensão desmedida: ficava no aguardo de que a qualquer momento uma onça ia se lançar sobre as duas e fatiá-las com suas garras, estraçalhando seus corpos. Garanto que era isso que passava pela cabeça da mãe. Uma situação angustiante com a tensão crescendo pouco a pouco enquanto a menininha, que aparentemente tem uma estranha conexão com as onças, não entende o que se passa com sua mãe e com o mundo a sua volta. 


Naquela calçada, só havia caos. Camas desarrumadas vieram à mente da mãe. Quartos destruídos por tempestades interiores, tempestades domésticas em miniatura. 


Tenho que dizer que, mesmo oscilando pelo fenômeno paranormal, essa atmosfera de suspense misturado com horror bestial foi muito bem dosada na história que apresenta o embate entre o que é racional e o que é fantástico; entre o que é humano e o que é animalesco. Será tudo verdade? 

Mas, o charme do conto fica por conta do cenário ambientado no Nordeste que traz uma certa originalidade que eu adorei. E o final... UAU!... foi surpreendente e me deixou de queixo caído! 

Não deixe de ler. 




Autor: Cristhiano Aguiar 
Título: As Onças 
Ano: 2022 
Gênero: Conto de Terror 









Até a próxima! 
Beijos mil! :-)

Criss 







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