Aguardando Com Temor “A Hora Do Lobisomem”



Olá, Perdidos! Mais claro que esse título, impossível. A Hora Do Lobisomem, de Stephen King, é um livro que relata os ataques de um lobisomem, em Tarker's Mill, uma pequena cidade do Maine (não diga?!). Isso mesmo. Só um único exemplar licantropo. Não sou lá muito fã dessas criaturas, mas é King e o Rei merece todo o respeito, mesmo com lobisomens. 


A cidade guarda seus segredos. 


O livro tem vários aspectos diferentes e bem interessantes. Tenho que admitir que não esperava um livro tão sucinto quanto este. Ora, quem conhece King sabe que ele não consegue controlar a caneta e sai escrevendo que nem louco. 

Outro fato que achei bem legal são as ilustrações que povoam a narrativa. Dão um aspecto de conto de fadas dos Irmãos Grimm misturado com o clique de uma fotografia jornalística que descolore a nossa imaginação. As ilustrações de Bernie Wrightson são impressionantes e complementam a narrativa e aumentam o impacto das cenas terríveis. 

Uma coisa que chamou a minha atenção foi a forma como o livro foi construído. O livro é dividido em doze capítulos, um para cada mês do ano. A história se passa durante o período de um ano em que cada mês, durante a lua cheia, mostra uma vítima diferente do lobisomem. Eu achei ousado, fora do padrão. 

Os assassinatos são brutais e a criatura se esconde entre os habitantes da cidade como mais um morador comum. O suspense fica por conta do próximo ataque, da percepção dos moradores de que se trata de uma criatura monstruosa e da desconfiança de quem é o culpado por todos esses crimes. 

Na verdade, eu achei muito fácil e óbvio descobrir o lobo em pele de cordeiro. O livro não possui elementos sobrenaturais, além do próprio lobisomem, e não explora mais as explicações sobre suas origens, o que é uma pena. Pelo menos, ele não romantiza a criatura e mostra um lobisomem raiz em busca de vítimas. E o destaque fica por conta das cenas sanguinolentas. 


O amor seria como o toque áspero da bochecha de um homem, arrastando e arranhando... 


Infelizmente, o livro não desenvolve um pouco mais seus personagens e conhecemos as vítimas instantes antes de serem mortas violentamente, até mesmo animais não sobrevivem à fúria da fera. E o herói é Marty Coslaw, um garoto cadeirante de uns 10 anos, que conseguiu escapar ao seu ataque e descobriu a identidade do famigerado lobisomem. Combatendo a fera e o terror com inteligência, astúcia e coragem. 

Aliás, King utiliza muitíssimo bem protagonistas crianças. Ele é mestre nisso e eu gosto muito. O autor mostra as crianças em sua obra como são, não as coloca em redomas de vidro e muito menos as santifica. 





Aqui estão alguns pontos-chave sobre o livro:


  1. TERROR:  Esse romance de terror conta a história de uma cidade assolada por uma criatura lendária e amaldiçoada, o lobisomem, que se transforma de uma pessoa comum em uma fera sanguinária e que mata uma pessoa a cada lua cheia. 
  2. ILUSTRAÇÕES: As ilustrações do livro retratam as cenas de violência e horror causadas pelo lobisomem, o que aumenta o efeito de tensão e suspense da narrativa. 
  3. MESES DO ANO: O livro é dividido em doze capítulos, referentes aos meses do ano, em que em cada mês (capítulo) mostra uma vítima diferente do lobisomem. 
  4. GAROTO: O protagonista da história é um garoto de dez anos que sobrevive a um ataque do lobisomem e descobre sua identidade secreta. É claro que ele tenta impedir que seus crimes continuem para salvar a cidade. 
  5. METÁFORA: O autor explora o tema do lobisomem como uma metáfora da dualidade humana, equilibrando o racional com o instintivo, a civilização com a selvageria. 



Ilustração de Bernie Wrightson retirada do livro "A Hora do Lobisomem"



King nos tira o fôlego, manipula nossas emoções e nos mostra de cara o terror lá fora. E, incrivelmente, faz crescer o suspense. Em A Hora Do Lobisomem não há espaço para achismos, descrições de lugares e construção de personagens. Aqui ele é direto. Tenha medo, muito medo. Sabemos que é um lobisomem atacando e que o autor quer mostrar a dualidade entre a besta selvagem e o homem consciente, a selvageria e a civilização, o mal e o bem


Mas a temporada dos lobisomens ainda está aberta, e a maioria daqueles homens por trás da máscara de seriedade, está se divertindo. 


O autor alerta que o mal está lá fora, escondido entre pessoas inocentes ou que conhecemos e confiamos, pronto para atacar ao contornar a esquina. Não na forma de um lobisomem, é claro (eu acho), mas, por sermos seres complexos e termos dentro de nós essa dualidade, em alguns casos basta um gatilho para despertarmos a besta (o lobisomem) que existe dentro de nós. 

Gostei bastante da mescla de texto, disposto em capítulos curtos, com imagem para ampliar a experiência dos ataques. Não se trata de uma obra incrível, mas vai agradar aos fãs do autor e das criaturas peludas. Eu gostei e não sou assim tão fã de lobisomens. É um livro curto e perfeito para ler em um único dia. Divirta-se! 



 FICHA TÉCNICA 


Autor: Stephen King 
Título: A Hora do Lobisomem 
Título Original: Cycle of The Werewolf 
Ano: 2017
Páginas: 152 
Editora: Suma 
Tradução: Regiane Winarski 
Ilustrações: Bernie Wrightson, além dos ilustradores brasileiros para a edição especial Giovanna Cianelli, Rafael Albuquerque, Rebeca Prado e Lucas Pelegrineti 
Gênero: Terror 

  

Conhecendo um pouco mais Stephen King 








Stephen Edwin King ou Stephen King, como é mais conhecido, é um autor norte-americano, e nasceu em 21 de setembro de 1947, em Portland, Maine. Cresceu lendo quadrinhos de terror e suspense, o que estimulou seu amor pelo gênero, tornando-o um dos mais notáveis escritores de sua geração de contos e romances de horror fantástico e ficção.

Apesar de ser reconhecido como escritor de terror, King escreveu obras fora desse gênero e sua popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema histórias como: “Conta Comigo”, “Um Sonho de Liberdade” e “À Espera de um Milagre”. Além da telona, King foi parar na TV com séries. 

De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do Maine, onde ele escrevia uma coluna para o jornal da universidade. Foi lá que ele conheceu Tabitha Spruce que se tornou sua esposa em 2 de janeiro de 1971. 

Um de seus primeiros romances foi "Carrie". 

Ele é conhecido como o Rei do Terror e seus livros já venderam mais de 400 milhões de cópias, com publicações em mais de 40 países sendo um dos autores mais traduzidos no mundo. E muitas de suas obras de terror foram adaptadas para o cinema. Ele também escreve sob o pseudônimo Richard Bachman. 

 









Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 


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