Olá, Perdidos! Eu amo a banda de heavy metal Iron Maiden e estou fascinada pelo livro Duna. Dois mundos tão distintos, mas que um dia se encontraram.
E quem conhece a banda inglesa, cuja carreira teve início em 1975, sabe que eles adoram uma boa história, por isso várias de suas músicas foram diretamente inspiradas por obras literárias de peso como:
- BRAVE NEW WORLD do livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley (álbum Brave New World);
- SIGN OF THE CROSS do romance “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco (álbum The X-Factor);
- LORD OF THE FLIES do romance “Senhor das Moscas”, de William Golding (álbum The X-Factor);
- RIME OF THE ANCIENT MARINER do poema “A Balada do Velho Marinheiro”, de Samuel Taylor Coleridge (álbum Powerslave);
- FLIGHT OF ICARUS da lenda do “Voo de Ícaro” da mitologia grega (álbum Piece of Mind);
- PHANTOM OF THE OPERA do romance “O Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux (álbum Iron Maiden);
- MURDERS IN THE RUE MORGUE do conto “Os Assassinatos na Rua Morgue”, de Edgar Allan Poe (álbum Killers).
Além destes exemplos, DUNE, o romance de ficção científica “Duna”, de Frank Herbert, queridinho do vocalista Bruce Dickinson, não podia ficar de fora, né? Só que com um nome um pouco diferente: To Tame A Land.
A letra de Steve Harris, o baixista da banda, foi inspirada inteiramente em “Duna”, de Frank Herbert, um dos mais famosos livros de Ficção Científica de todos os tempos.
A faixa encerra um dos melhores álbuns da Donzela de Ferro, Piece of Mind, lançado em 1983, um ano antes que o filme de David Lynch estreasse nas telonas.
É claro que notou que a música To Tame A Land não recebeu o nome “Dune”, o mesmo título da obra, em inglês. Pois é. Tem uma treta por trás.
Reza a lenda que quando pediram permissão para utilizar o nome do livro como título da música, Frank Herbert teria dito “não gosto de bandas de rock, em particular bandas de rock pesado como o Iron Maiden” e que aquela melodia não representava o universo de Arrakis e que esses cabeludos deixassem suas mãos fora de sua obra-prima intelectual de ficção científica.
Então mudaram o nome da música cuja introdução calma se perde em meio a acordes bem mais pesados insinuando a tensão que é constante na trama do livro. Riffs pesados e progressivos permeiam as estrofes.
Se você já conhece a história de Duna ou não está nem aí para spoilers, coloca o som no máximo e delicie-se com essa especiaria musical.
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