Olá, Perdidos! Hoje é o Dia das Mães. Ser pra lá de especial, uma pessoa disposta a tudo por seus rebentos, presente nos momentos mais importantes da vida e que sempre quer o nosso bem.
Muitos dirão que ser mãe é um dom divino que faz a pessoa amar incondicionalmente, sendo tolerante e não pedindo nada em troca. Outros tantos dirão que ser mãe é padecer no paraíso, como se a maternidade fosse um padecimento sagrado que levará à plenitude.
A comemoração teve início nos Estados Unidos para homenagear as mães e a maternidade. A iniciativa partiu da ativista social Ann Maria Reeves Jarvis que iniciou a campanha em 1907, dois anos após a morte de sua mãe, e só foi reconhecida como festividade em 1914. No dia 09 de maio de 1914 foi comemorado o primeiro dia das mães. Mais tarde a ativista lamentou a comercialização da data.
Na literatura há muitas mães que se destacam como Catelyn Stark (As Crônicas de Gelo e Fogo), Sinhá Vitória (Vidas Secas), Isabel Pullman (Extraordinário), Dona Glória (Dom Casmurro) e Moley Weasley (Harry Potter) entre tantas outras de vários países e gêneros.
E para celebrar nossas mães, trago uma pequena lista com 5 Mães Especiais Dos Livros.
MIA WARREN (Pequenos Incêndios Por Toda Parte – Celeste Ng – 2017) – ela é uma artista e mãe solteira e em busca de estabilidade para sua filha adolescente, Pearl, decide criar raízes em Shaker Heights, cidade extremamente organizada onde tudo foi planejado, desde a quantidade de escolas até as cores das casas, e que exige de seus habitantes o cumprimento de regras severas e restritivas. Uma reviravolta no estilo de vida independente de Mia, cuja alma artística e livre tem que se adaptar a um lugar cheio de normas e suportar o conservadorismo de pessoas tão discrepantes de seus ideais, algo que ela nem consegue imaginar, mas que tem que suportar para o bem da filha.
MALORIE (Caixa de Pássaros – Josh Malerman – 2014) – pensa numa mãe que tem que dar à luz num mundo pós-apocalíptico, adotar mais outro bebê e mantê-los vendados o tempo todo para que se acostumem a sobreviver nesse mundo em que ver uma criatura estranha é mais perigoso do que ser vista por ela. Essa é Malorie. Ela faz de tudo por seus filhos, inclusive se arriscar em uma viagem para um local mais seguro, a fim de manter seus filhos pequenos a salvo. Tudo isso de olhos vendados, é claro.
OUTRA MÃE (Coraline – Neil Gaiman – 2002) – nem só de mães exemplares vive a literatura. Se você leu Coraline, não tem como não lembrar da Outra Mãe. Ela vive do outro lado de uma porta trancada que Coraline encontra em seu novo lar, um outro mundo onde ela se depara com uma réplica exata de seus pais. Essa Outra Mãe, apesar de possuir olhos de botão, é mais divertida e atenciosa que sua mãe verdadeira e faz de tudo para agradá-la. Quem não sonha com uma mãe assim?
CHRISTINE PENMARK (Menina Má – William March – 1954) – essa mãe é de dar pena. Mesmo não sendo mãe solteira, o distanciamento do marido por causa de seu trabalho deixa mãe e filha sozinhas a maior parte do tempo, sendo Christine a única responsável pelos cuidados com a casa e os problemas causados por Rhoda, sua filha. Vemos crescer o pânico de Christine à medida que descobre as crueldades e assassinatos da própria filha, uma menina psicologicamente perturbada, com instinto psicopata, e a percepção desesperada da única saída que ela acha possível para salvar todos e, principalmente, sua criança de uma execução na cadeira elétrica.
FANTINE (Os Miseráveis – Victor Hugo – 1862) – uma jovem que engravida de um rapaz rico e é abandonada por ele. Forçada pelas circunstâncias de uma França miserável, ela tem que, entre outras coisas, vender seus cabelos e seus dentes, até mesmo se prostituir para poder cuidar sozinha de sua filha Cosette. E como ela sofre. Perde sua beleza e sua saúde, mas, em momento algum, Fantine hesitou em fazer o que achava melhor por sua filha, fosse o que fosse.
Espero que tenham gostado.
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