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[ESTANTE DO NOEL] [Conto A.M. Burrage] Smee



Olá, Perdidos! Fazer uma brincadeira em grupo é sempre divertido. Ainda mais com amigos e parentes na véspera de Natal

O conto de hoje é Smee, de A.M. Burrage, e foi publicado pela primeira vez em Dezembro de 1929 na revista Nash's Pall Mall Magazine. Anos depois, em 1931, foi publicado como parte de uma coleção no livro Someone In The Room. E se você conhece o nome Frank Lelland, é o pseudônimo do autor. 





É véspera de Natal. Um grupo de quatorze jovens se reúne para jantar em comemoração a data em uma casa grande e velha. Para animar, todos decidem jogar esconde-esconde. Ou melhor, todos menos Jackson. 

Jackson se recusa a jogar qualquer brincadeira de esconder e diz que numa dessas brincadeiras, uma jovem acabou morrendo acidentalmente. 

E conta que certa vez participou de um jogo chamado Smee, muito parecido com esconde-esconde, justamente na casa labiríntica em que a tal jovem morreu anos atrás. 

Smee consiste em procurar alguém em especial, mas sem saber quem é essa pessoa. Cada participante recebe um pedaço de papel dobrado. A maioria está em branco, com exceção de um papel com a palavra Smee. Só quem recebeu o papel com a palavra escrita sabe que é Smee. 

As luzes da casa são apagadas e o participante com o papel escrito Smee foge para se esconder enquanto os outros vão à sua procura. Sempre que um jogador é encontrado, pergunta se é Smee, quase como um desafio, e se não for a pessoa certa, responde Smee, mas se for a pessoa em questão fica calada. Assim, a pessoa que a encontrou se junta a Smee e aguarda os demais que continuam procurando. O último a se juntar aos jogadores com Smee tem que pagar uma prenda. 

Na ocasião em que Jackson jogou eram doze participantes, mas parece que um jogador extra decidiu participar da brincadeira no último instante. Quem seria? 




Agoniado, Jackson esclarece os motivos estarrecedores que o levam a não querer jogar esconde-esconde com seus amigos e explica, também, o novo jogo Smee, “uma versão muito melhor do jogo de pique-esconde”, e o significado da palavra que não passa da aglutinação de “It’s me”, ou seja, “Sou eu”, em inglês. 


Não, vocês não vão mais me ver participando dessa brincadeira, nem de nenhuma parecida. Acabou com minha coragem, e não posso me dar ao luxo de tirar longas férias para me recuperar. 


Um jogo bem animado que pode levar horas para ser concluído dependendo da casa em que é jogado. Em que os jogadores correm de lá para cá, por corredores longos, através dos vários andares da casa, totalmente no escuro e quando finalmente encontram outro jogador, pronunciam It’s me (Sou eu) rapidamente e sem fôlego, o que acaba virando Smee

Não se trata de uma história cheia de sangue e violência. Chega a ser uma história bem inocente. Mas, a versão adulta do jogo de esconde-esconde, realizada numa casa fácil de se perder dentro dela que “certamente merecia o epíteto de ‘labiríntica’”, em que as pessoas estão “correndo para lá e para cá nas passagens, entrando e saindo dos aposentos” no escuro total como já disse, torna a história muito mais apavorante, principalmente por ser véspera de Natal, uma data alegre. 


Todo o brilho da diversão se apagou, e pairando sobre minha mente como uma sombra estava o aviso de algum sexto sentido que me dizia haver uma influência na casa que não era sã, nem sólida, nem saudável. 


Sem mencionar o fato de que aparentemente um ser espectral dá o ar de sua graça aos poucos. Ou trata-se apenas da distribuição tenebrosa dos aposentos da velha casa e do que aconteceu nela que ativam a imaginação de alguns jogadores? 

Sussurros no escuro, toques nervosos, confusões funestas e aparições fantasmagóricas dão o ritmo de horror a esta clássica história de Fantasmas de Natal que acontece em uma casa bem velha que pode ou não ser mal-assombrada, enquanto os jogadores gritam Smee? para lá, Smee para cá. 

Parece que nem todas as brincadeiras divertem alguns jogadores. Muito menos se realizadas em casas onde pessoas morreram de forma terrível. Que cenário assombroso, não é mesmo? 

Cuidado! 

Não beba antes de brincar de Smee no escuro.

Pode ser, realmente, apavorante. 




Autor: A.M. Burrage 

Título: Smee 

Título Original: Smee 

Ano: 1929 

Gênero: Conto de Terror Natalino 








Até a próxima! 
Beijos mil! :-)

Criss 



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