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“A Fúria E A Aurora” Através Das Mil E Uma Noites

Olá, Perdidos! A Copa do Mundo de 2022 começou e em novembro pela primeira vez. Isso mesmo. E, também, pela primeiríssima vez vai realizar-se num país árabe. O Catar ou Qatar é um emirado do Oriente Médio, ou seja, um país administrado por um emir, um título de origem árabe aristocrático, nobre, militar ou político que significa príncipe

O Catar é uma península, um pequeno país árabe localizado no Golfo Pérsico vizinho da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos com pouco mais de três milhões de habitantes espalhados em seus 11.437km², sendo pouco mais da metade de Sergipe, o menor estado do Brasil, e contrastando uma paisagem desértica com um longo litoral que mistura praias e dunas. 

Doha, a capital, exibe arranha-céus futuristas e uma arquitetura moderníssima totalmente inspirada no antigo design islâmico. 

Informações sobre o Catar à parte... pelo fato da Copa 22 acontecer justamente no Oriente Médio, decidi postar algumas resenhas com histórias árabes. Para começar, tem o repost da resenha, um pouco modificada, do livro A Fúria E A Aurora, de Renée Ahdieh. 





Tem algo nos contos das arábias que me fascina. Não sei dizer o motivo pelo qual tal encantamento toma conta de mim. Mas é assim e ponto. Talvez seja a magia que permeia as histórias que se passam em palácios ornamentados com ouro e pedras preciosas, em jardins belíssimos e repletos de aromas, nos mercados cheios de especiarias exóticas ou através do vento do deserto de areias escaldantes. Sei lá. Só sei que A Fúria E A Aurora, de Renée Ahdieh, tem tudo isso e muito mais. E desde as primeiras linhas eu fui arrebatada por essa bela história cheia de encanto e sedução






O jovem califa de Khorasan, de apenas 18 anos, Khalid Ibn al-Rashid, é considerado um verdadeiro monstro por todos. Afinal de contas, a cada noite uma nova noiva e a cada dia uma nova morte. Um completo mistério para todos. 

Até que surge Sherazade al-Khayzuran que se voluntaria para ser a nova esposa do califa.  Sedenta por vingança pela morte de sua melhor amiga Shiva, uma das muitas noivas de Khalid, ela pretende colocar seu plano em prática e matar o menino-rei, terminando com o reinado de tirania que instaurou sofrimento em tantas famílias.  

Sherazade ou, simplesmente Shazi, é uma garota de 16 anos, bonita e de personalidade forte. Seu plano é continuar viva por mais uma noite. Então ela começa a contar uma história que entra noite adentro até que os primeiros raios de sol surgem e ela para e deixa o desfecho do conto como uma promessa para a noite seguinte, atiçando a curiosidade de Khalid. 

Assim os dias vão passando. E Sherazade se sente perdida quando descobre que Khalid não é aquele monstro que assola as famílias do reino de Khorasan. Embora ela trave uma luta interna por sentir que está traindo Shiva, ela não pode mais negar que está apaixonada pelo califa e percebe que ele sente o mesmo por ela, redescobrindo o que é viver e o que significa amar alguém de verdade. 

A sorte de Sherazade e Khalid está lançada. 




O livro é uma bela releitura do famoso clássico As Mil E Uma Noites, uma coleção de contos populares originária do Oriente Médio. Quem nunca ouviu falar, né? Mesmo quem nunca leu os contos, assim como eu, não vai ficar alheio à história que já faz parte do imaginário popular. 


– Um estratagema. Uma tática para retardar sua execução... começa uma história que você não tinha a menor intenção de terminar. – Sua voz estava mortalmente baixa. 


A narrativa flui como o vento do deserto carregando os aromas das especiarias e virando as páginas do livro de modo que nem percebemos que chegamos ao seu final. Uma delícia. 





O livro possui descrições detalhadas dos ambientes, das personagens, da indumentária e da comida, nos carregando através das asas da imaginação para dentro deste universo cheio de cores e rico nos costumes e termos árabes que durante o texto surgem a todo instante, o que não é de modo algum um problema, pois no início do livro existe um glossário que esclarece qualquer dúvida. 


Ela era perigosa, uma moça perigosa. Uma praga. A montanha de Adamant que arrancava o ferro dos navios, fazendo-os afundar em suas tumbas aquáticas sem hesitação. Com um simples sorriso e um trejeito de nariz. 


Tramas de vingança, intrigas políticas e tomada de poder. Mistério, magia e encantamento. E amor. Tudo que faz dessa história um verdadeiro Conto das Arábias. Eu amei, é claro! 



 FICHA TÉCNICA 


Título: A Fúria E A Aurora 
Título Original: The Wrath And The Dawn      
Autor: Renée Ahdieh 
Ano: 2016 
Páginas: 336 
Editora: GloboAlt 
Gênero: Ficção e Fantasia 
Tradutor: Fabienne Mercês 
  

Conhecendo um pouco mais Renée Ahdieh  





Renée Ahdieh nasceu no dia 7 de julho de 1983, e seus primeiros passos foram dados na terra natal de sua mãe, em Seul, na Coréia do Sul. Devido a sua descendência, ela é americana-coreana. 

A Fúria E A Aurora é o primeiro romance de Renée Ahdieh e foi selecionado como um dos melhores lançamentos do ano de sua publicação pela crítica norte-americana. O romance faz parte de uma duologia que conta também com A Rosa E A Adaga. E, além dos dois romances, ela lançou um livreto com três contos para complementar sua história, Contos De A Fúria E A Aurora, em que Khalid e Despina contam suas versões de determinados pontos da história. 

Quando não está escrevendo, Renée gosta de imaginar tramas e  conflitos para seus personagens. Ela mora com seu marido persa Victor e seu cachorro Mushu, em Charlotte, na Carolina do Norte. 



Quer ler o post original? Então CLIQUE AQUI. 





Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 




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