Bibliotecas Do Mundo Antigo No Dia Do Bibliotecário

Olá, Perdidos! Shshshhhhhhh! Silêncio! Você está numa biblioteca. Quando se fala em biblioteca pensamos logo em um aposento cheio de estantes, mesas de estudo e de leitura, carrinhos com livros, enciclopédias, dicionários, revistas e jornais (se lembram deles?), filmes e música, o geladinho de um ar-condicionado e livros, muitos livros. E quem mantém a ordem e controla o lugar todo? Ora, o Bibliotecário! 

Então, nada mais coerente do que existir um dia para homenagear este profissional que preserva o produto intelectual de vários autores e a cultura de vários países para que leitores ávidos possam compreender e analisar ideias e costumes. 

Hoje, 12 de março, é o Dia do Bibliotecário! 

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Vamos dar uma olhada em duas bibliotecas do mundo antigo, onde, com certeza, havia uma pessoa auxiliando os leitores, assim como indexando, guardando e tomando conta do acervo precioso. 

Biblioteca de Nínive 

No século VII a.C, a Biblioteca de Nínive ou Biblioteca de Assurbanípal possuía uma coleção de milhares de placas em argila contendo textos em escrita cuneiforme (escrita muito antiga feita com uma cunha) sobre vários assuntos. Conta-se que seriam mais de 22 mil tábuas de argila. Em seu acervo foi encontrada a famosa Epopeia de Gilgamesh, poema sumério sobre o deus-herói Gilgamesh, e fragmentos do Enûma Eliš, o mito da criação babilônico. Fundada pelo rei assírio Assurbanípal em Nínive, capital do Império Assírio (hoje Iraque), é considerada a primeira biblioteca da história. Foi encontrada no século XIX por arqueólogos ingleses e hoje seu acervo está no Museu Britânico. 

Biblioteca de Alexandria 

Quem nunca ouviu falar na Biblioteca de Alexandria? Impossível. Era a mais famosa biblioteca do Planeta e se localizava na cidade de Alexandria, no Egito, entre 280 a.C. a 416, às margens do Mediterrâneo e abrigou o maior patrimônio cultural e científico de toda a Antiguidade. 

Alexandria foi fundada por Alexandre, o Grande que lhe deu o nome. Mas sua incrível biblioteca foi ideia do primeiro rei grego Ptolomeu I (323 a.C. – 283 a.C.), sucessor de Alexandre. Contudo, estima-se que sua construção só ocorreu no reinado de seu filho Ptolomeu II (281 a.C – 246 a.C). O rei/faraó grego também é conhecido por criar o primeiro museu da história, que recebeu esse nome em homenagem às Musas, entidades que inspiravam a criação artística e científica. 

Mas ela era muito mais do que um lugar para guardar livros, pois tornou-se uma Escola que contava com instituto de pesquisa, laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório astronômico e locais de descanso. Muitos estudiosos a consideram como a primeira universidade que existiu. 

Os faraós do Egito sempre apoiaram a biblioteca e enviavam emissários para adquirir novos manuscritos, códices e papiros em várias línguas para ampliar seu acervo. Era tão importante que no campo filosófico rivalizava com a Escola de Atenas. 

Estima-se que na época de Cleópatra existiam mais de um milhão de obras. 

Sua destruição começou com um grande incêndio que a atingiu no ano de 48 a.C. quando o imperador Júlio César mandou atacar a cidade. Com o tempo houve rebeliões populares, saques, terremoto e por fim foi invadida e incendiada por cristãos. Acredita-se que o que sobreviveu até os nossos dias foram apenas uns 40.000 rolos de pergaminhos. 

Uma herança cultural incomensurável reunindo peças teatrais a tratados de astronomia, obras importantíssimas da Humanidade que se perderam para sempre. 

Você já conhecia essas bibliotecas? Confesso que a primeira biblioteca do mundo foi uma novidade para mim. 

Se você é um assíduo usuário de bibliotecas, não esqueça de desejar a quem merece um 

FELIZ DIA DO BIBLIOTECÁRIO! 

Doe livros, presenteie livros ou, apenas, indique livros. 

Incentive a leitura! 

Até a próxima! 

Beijos mil! :-) 

Criss