MENU

Livros E Mentiras No 1º De Abril



Olá, Perdidos! Em época de Fake News se alastrando mais rápido do que rastilho de pólvora nada mais apropriado do que comemorar o Dia da Mentira lendo livros com histórias cheias de bravatas ou com personagens mentirosas ou, no mínimo, duvidosas. Livros cheios de balelas, causos, invencionices, tretas e mutretas. Isso mesmo. O dia 1º de abril é a data em que é permitido mentir e fazer pegadinhas. Mas, alto lá! Mentiras e pegadinhas que divirtam sem machucar ninguém. Prestem atenção! 


E como diz o poeta Fernando Pessoa 


O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente. 


Para comemorar a data fiz uma lista com 8 livros em que a mentira prevalece



A Odisseia (Homero, séc. VIII a.C.) – poema épico da Grécia Antiga que conta a história do regresso do herói Odisseu (ou Ulisses no mito romano) após a guerra de Troia. Foram dez anos de guerra e mais dez anos para retornar à Ítaca, sua terra natal, onde deixou sua esposa Penélope e seu filho Telêmaco. 

O que nos leva a Penélope que, sem saber se seu marido estava vivo ou morto, continuou fiel a ele, apesar da insistência em que ela se casasse de novo. Para ludibriar seus 108 pretendentes ela disse que só iria se casar de novo após terminar de tecer uma mortalha para Laerte, o pai de Odisseu. Assim, durante o dia e à vista de todos ela tecia e durante à noite ela desfazia boa parte do que fizera. Tudo na esperança de que Odisseu retornasse antes de seu novo casamento. 





As Aventuras do Barão de Münchausen (Rudolph Erich Raspe, 1785) – são os relatos das aventuras espetaculares, fantásticas e exageradas de Karl Friedrich Hieronymus, militar e senhor de terras alemão que viveu entre 1720 e 1797, e que foram compilados por Raspe, um bibliotecário e cientista nascido em Hanover, em 1737. 

Hieronymus serviu no exército russo, participou de campanhas contra os turcos e foi promovido a capitão de cavalaria em 1750. Foi por volta de 1760 que ele decidiu se retirar para a propriedade rural da família em Bodenwerder, em Hanover. Lá, recebeu vários amigos e hóspedes aos quais contava suas aventuras de guerra, caçadas e viagens, aprimoradas com extravagantes lorotas, sem nem ao menos esboçar um singelo sorriso. Sua naturalidade era tanta que aqueles que não o conheciam acreditavam piamente nele. 





O Príncipe e o Mendigo (Mark Twain, 1881) – Dizem que mentira tem perna curta, será? Na Inglaterra do século XVI, Tom Canty, um menino muito pobre que mendiga sua ração diária de comida, com uma existência desgraçada, entra no palácio real a convite de Edward VI, o príncipe de Gales, e ambos descobrem que são bastante parecidos. Curiosos com a realidade diferente de cada um, acabam trocando de roupas. Edward sai do palácio com as roupas de Tom e o mendigo passa a ocupar seu lugar como príncipe.  





As Aventuras de Pinóquio (Carlo Collodi, 1883) – o bom e velho boneco de madeira chamado Pinóquio que ganha vida e cujo nariz cresce sempre que fala uma mentira. O autor conseguiu comentar sobre a pobreza, a fome, a educação e o sistema público. Além de narrar as condições que formam um ser humano de verdade. 





O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald, 1925) – Jay Gatsby é o retrato do sonho americano que prospera e fica rico. Mesmo que essa riqueza venha de negócios misteriosos. Gatsby vive num mundo de ilusões, mais do que mentiras, onde constrói um castelo de cartas pronto para ruir a qualquer instante. Ambicioso e sonhador quer chamar a atenção de sua amada para o homem que se tornou e que ocupa um lugar nessa sociedade que tanto preza o luxo e a futilidade. Acredita em resgatar o passado quando conheceu o seu amor e talvez seja essa a grande mentira de Gatsby, não perceber que o fascínio não era por ela, mas apenas pelo que ela representava. 





Auto da Compadecida (Ariano Suassuna, 1955) – a peça teatral é cheia de peripécias impressionantes na qual temos os protagonistas e amigos Chicó, um mentiroso ingênuo que inventa histórias das mais absurdas, e seu amigo João Grilo que não fica para trás quando o assunto é malandragem e mentiras. Usam da astúcia para sobreviverem e fugirem da pobreza e da fome. “Qui mintira qui lorota boa” demais!  





Mentirosos (E. Lockhart, 2014) – com esse título sugestivo é preciso dizer mais? Enfim... Mentirosos é como a família Sinclair se refere ao grupo de quatro jovens que vivem causando encrencas na ilha onde passam férias. 

O livro narra um acontecimento na vida dos Sinclair, renomados e decadentes que se agarram às tradições e aparências. As férias de Cadence, neta primogênita e principal herdeira, na ilha particular da família no verão de seus quinze anos, são interrompidas quando ela sofre um estranho acidente. A família se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido. E após dois anos conturbados, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos Cadence finalmente volta à ilha para tentar lembrar o que aconteceu. 





Pequenas Grandes Mentiras (Liane Moriarty, 2015) – a autora coloca em cena ex-maridos, segundas esposas, mães, filhas, bullying e escândalos familiares. São tantas as tensões que um dia alguém cai da varanda da escola e morre. E agora? Foi acidente ou homicídio? Diante de impressões contraditórias como alcançar a verdade? A verdade. Será que conseguirão chegar à verdade e solucionar o caso? As meias verdades ou as pequenas mentiras que contamos a nós mesmas parecem estar entranhadas em nossas vidas, em nosso dia a dia. 


Parece que assim como em Pequenas Grandes Mentiras estamos sempre mentindo ou ocultando alguma verdade. Se alguém falar que nunca mentiu, abre o olho porque já está mentindo. Não importa se a mentira é grande ou pequena. Não importa se você diz ao telefone para sua amiga que está muito ocupada e por isso não pode ficar de bate-papo com ela, apenas para não a magoar. Não importa se dizemos que está tudo bem quando não está... e por aí vai. Mentira é mentira. Mesmo que seja uma mentira branca, uma mentira boba. 

Pequenas histórias inventadas que já fazem parte do convívio humano. Consegue imaginar todo mundo sendo honesto e falando a verdade um na cara do outro? Pandemônio. Afinal, é quase que primordial mentir para vivermos em sociedade e tornar as interações sociais muito mais suaves

A prática é mais comum do que se pensa. Mentimos por amor, por medo, por autopreservação, por proteção, por pena e por vaidade... E ainda mais hoje com as redes sociais a todo vapor. Acha que todos expressam o que realmente pensam? Dá para ver que muitos relatam o que é mais conveniente para ganhar likes ou apenas para manter as aparências no top da rede. 




Doe livros, presenteie livros ou, apenas, indique livros. 
Incentive a leitura! 









Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 

 





Postar um comentário

Antes de comentar, leia com atenção:

Qualquer comentário com teor ofensivo, palavras de baixo calão e qualquer tipo de preconceito ou discriminação será excluído.

Comente educadamente sobre a postagem ou sobre um comentário.

“Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.” – Cora Coralina.

Vamos deixar o planeta mais florido!

Beijos mil! :-)




Meu Instagram

Copyright © 2025 Perdida Na Lua Cheia. Feito com por OddThemes | Personalizado por o¤°SORRISO°¤o