Olá, Perdidos! Você está certo. É verdade mesmo. Hoje é o Dia da Mentira.
E na literatura o que não faltam são mentirosos, não é mesmo? Vou citar dois grandes mentirosos:
• Penélope – esposa de Ulisses, Rei de Ítaca, da Odisseia de Homero (um dos principais poemas da Grécia Antiga) que por vinte anos aguardou o retorno de seu marido da Guerra de Troia. Sem saber se ele estava vivo ou morto, continuou fiel ao marido, apesar da insistência de seu pai em que ela se casasse de novo.
Não tendo mais como recusar, Penélope elaborou seu mais famoso estratagema (um de muitos) para adiar ao máximo o casamento e ludibriar seus 108 pretendentes. Aceitou se casar, mas com a condição de que o novo casamento só aconteceria após ela terminar de tecer uma mortalha para Laerte, o pai de Ulisses. Durante o dia ela tecia aos olhos de todos, mas durante a noite ela desfiava parte do que teceu para ganhar tempo de Ulisses retornar. Que espertinha!
• Pinóquio – conhecidíssimo do público infantil, Pinóquio (Pinocchio, em italiano) ficou marcado pelo nariz que cresce toda vez que ele começa a mentir. Cresce, cresce e cresce.
O boneco de madeira nasceu quando foi esculpido por Geppetto e ganhou vida, alegrando o escultor. Sua história encanta crianças e adultos (vai dizer que não!?!) desde 1883 quando apareceu no livro As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi. Cuidado! Se contar mentiras seu nariz vai crescer.
Mas você sabe o motivo de 1º de abril ser considerado o dia de pegar um bobo na casca do ovo? Não?! Então é chegado o momento de esclarecer tudo.
O ano novo era comemorado no dia 25 de março com a chegada da estação mais perfumada e florida, a Primavera. Várias festas eram realizadas, inclusive com trocas de presentes, que duravam uma semana inteirinha e terminavam no dia 1º de abril.
Mas várias regiões da Europa costumavam celebrar o início do ano em 1º de janeiro e aquelas pessoas que cismavam em festejar a passagem do ano em outras datas eram alvo de brincadeiras e frequentemente convidadas para festas que não existiam. E, talvez, tenha sido esse o início da zoação. Aliás, essa história toda parece ser mesmo uma grande zoação.
Tudo mudou quando o Papa Gregório XIII (1502–1585) promulgou um novo calendário para o mundo cristão, amplamente usado nos dias de hoje, em que o ano novo seria no dia 1 de janeiro. O Calendário Gregoriano, como ficou conhecido, modificou o espaço dos anos bissextos, os quais foram determinados pela revolução da Terra em torno do Sol. Caso encerrado.
Mas o dia de enganar os bobos continuou firme e forte.
FELIZ DIA DA MENTIRA!
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