O “Príncipe Sombrio” De Uma Raça Ancestral

Olá, Perdidos! Olha só o que achei perdido entre os meus textos. Uma resenha feita há tempos e que não foi publicada, mas atualizada para 2022. Se vocês gostam de vampiros hot, misteriosos e que abraçam a natureza é uma boa opção. E aproveitando que é Carnaval em tempos tempestuosos, que tal Príncipe Sombrio, de Christine Feehan, para deixar o feriado mais leve e divertido? Então... lá vai! 






Romênia. Está decidido! É pra lá que eu vou em busca do meu Cárpato tão solitário. Depois que as coisas se acalmarem por aquelas bandas, é claro. Os Cárpatos são tudo de bom: fogosos, protetores, poderosos, belos e vivem por séculos... ai... ai... E as mulheres por lá são escassas. Vamos embora mulherada!! 😀 

Peraí! Você sabe o que é um Cárpato? Em Príncipe Sombrio, de Christine Feehan, somos apresentados aos Cárpatos, uma espécie em extinção, uma raça ancestral e quase imortal que necessita de sangue humano para sobreviver. São extremamente possessivos e intensos, mas não são assassinos desvairados, eles valorizam a vida. Possuem a habilidade de se comunicarem telepaticamente uns com os outros e usam magia, ervas e canções antigas em seus rituais. 

Eles estão intimamente conectados à natureza e têm os animais como seus aliados. São metamorfos, ou seja, transformam-se em alguns animais e até mesmo em névoa. Dormem de dia e vivem de noite, pois a luz do sol é capaz de matá-los. Agora você deve estar pensando que matou a charada. Ora, eles são vampiros! Em muitos aspectos eles se assemelham aos vampiros. Na verdade, os vampiros são Cárpatos que enlouqueceram e não resistiram ao frenesi da matança e sucumbiram ao lado negro do sangue e sem redenção. Por quê? 

Porque um Cárpato precisa encontrar sua companheira para recuperar o equilíbrio perdido com a fera que habita em seu interior, para salvá-lo da escuridão que se torna cada vez maior com o passar dos anos de uma vida cheia de solidão.  Sem ela, ele não possui emoções ou qualquer tipo de sensações, enxerga o mundo em tons de cinza, completamente frio, sem conseguir enxergar a beleza da vida, sem alegria e vive no limiar da “danação eterna”, ou seja, capaz de perder o controle e se tornar um vampiro. Estes são seus verdadeiros inimigos. Esses sentimentos de profunda solidão e completa escuridão inerentes aos Cárpatos que os dominam e os levam por um caminho sem retorno de uma orgia de sangue e muita dor. 


− Então você viu a fera com a qual está ligada para toda eternidade. No final, somos predadores, pequenina, e a escuridão em nós só é equilibrada pela luz em nossas mulheres.


Príncipe Sombrio, primeiro livro da série Os Cárpatos (Série Sombria ou Dark Series, em inglês), conta a história de Mikhail Dubrinsky, líder de sua raça e que está sofrendo por séculos a fio por não encontrar sua verdadeira companheira para amenizar sua fera interior. Temendo se tornar um vampiro abominável ele resolve buscar o descanso eterno, cometer suicídio encarando, após séculos de existência, o nascer do sol. Afinal, as batalhas enfraqueceram seu povo e as mulheres de sua raça estão cada vez mais raras de se encontrar. Os homens estão ficando sem esperança ou motivos para viver. 

Mas, eis que o destino intervém e uma voz doce e suave, cheia de amor e compaixão ecoa em sua mente, impedindo que ele se suicide e amenizando suas dores.  Desejando saber mais sobre quem é essa mulher e como ela conseguiu entrar em seus pensamentos, Mikhail vai ao seu encontro. 

Ela é Raven Whitney, americana e uma... humana! Isso mesmo. Mas uma humana muito incomum: ela é uma telepata poderosa e sua profissão é rastrear serial killers, ajudando nas investigações da polícia. Após seu último e difícil caso, Raven resolve descansar nas montanhas Cárpatos e se “desintoxicar” de tudo que vivenciou através da mente doentia de um assassino em série. 


Castelo de Bran, mais conhecido como Castelo do Drácula, Romênia



Descansar. Quer melhor descanso do que se envolver romântica e sexualmente com Mikhail? Enfim... assistimos ao desejo irresistível que surge imediatamente entre Mikhail e Raven, junto com uma necessidade visceral de estarem próximos e a evolução desse amor entre os dois que, embora destinados um ao outro, tentam se adaptar a esta situação inusitada – Cárpato e humana juntos. Somos expectadores de muitas discussões entre eles devido as vivências distintas, épocas e ideias muito diferentes, sem mencionar as personalidades muito fortes de ambos. Mikhail, dominador por essência e Raven, voluntariosa de espírito. Tudo muito intenso e arrebatador que por muitas vezes acaba pegando fogo e aí... 


Eles se consideram metade de um todo.


Raven, humana, é a esperança de sobrevivência para o povo de Mikhail que possui poucas mulheres e cujas crianças não sobrevivem ao primeiro ano de vida e os que sobrevivem são meninos. Raven é a luz no fim do túnel, pois traz a promessa de que eles podem encontrar suas companheiras em meio às humanas. Muitos serão os desafios que vão por esse sentimento à prova, sendo testado a ferro e fogo. Garantia de muita ação intermediada com cenas picantes entre os protagonistas. Que calor é esse que estou sentindo, meu Deus?!?! 

Christine Feehan criou um universo vampiresco ecologicamente correto, por assim dizer. Percebemos que é possível uma raça inteligente interagir com a natureza, sem ter que destruí-la. Percebemos que somos parte dessa natureza, que somos um. Ela revisitou o tema dando um toque original. Em sua narrativa ela é detalhista e descreve as cenas quentes sem vulgaridade; coloca pitadas de humor nos lugares certos e deixa o nosso coração disparado nas cenas de ação. Ela mescla tudo muito bem e dá dinâmica a história. 


Era um ritual lindo, erótico. Era uma unidade de mente, coração, alma, corpo... sangue.


A capa do livro não revela totalmente o príncipe, deixando o resto para nossa fértil imaginação. A série de livros publicados já está no 36 (atualizada em 2022) e a lista só aumenta! O que desanima bastante, até mesmo porque a editora cancelou a publicação da série por aqui no livro 4 (se não me engano), justamente por não ter uma previsão de término. Só espero que a revisão dos outros livros seja mais esmerada porque no Príncipe Sombrio, francamente, deviam estar dormindo ou sonhando acordados. Mas, quem pode culpá-los, né? Hahahahahaha! 

A introdução de outros personagens Cárpatos deu mais ânimo e agilidade à narrativa. A aparição de Gregori, o Sombrio, ao enredo foi espetacular e me faz pensar como será interessante ler sua história (tem livro no Brasil – Feitiço Sombrio). Gregori é o lendário curandeiro dos Cárpatos e tão poderoso ou mais que Mikhail. Fiel amigo e protetor do Príncipe, ele surge e quase rouba a cena com seus olhos prateados. Vemos a verdadeira amizade dos dois, cuja união de sangue é muito forte. Outro personagem que ganha destaque é Jacques (também tem livro por aqui – Desejo Sombrio) e sua relação de afeto e preocupação com seu irmão mais velho, Mikhail. 

Um livro com o sobrenatural e uma trama cheia de erotismo e com cenas de ação, num cenário completamente sensual e misterioso. E se gosta de um novelão vampiresco, se joga. Pelo menos, os quatro primeiros livros ainda estão por aí.  



FICHA TÉCNICA 


Título: Príncipe Sombrio      
Título Original: Dark Prince      
Autor: Christine Feehan 
Ano: 2011 
Páginas: 464  
Editora: Universo dos Livros 
Gênero: Vampiros / Ficção 
Tradutor: Alyne Azuma  



Conhecendo um pouco mais Christine Feehan 




Christine Feehan, escritora norte-americana nascida Christine King, na Califórnia, ficou em 1º lugar no New York Times mais de 16 vezes! Tem 7 séries bestsellers e mais de 75 romances escritos até agora. 

Emocionou e continua emocionando legiões de fãs com seus contos 'Dark' dos Cárpatos com seus personagens sedutores e sensuais. 

Ela recebeu inúmeras honras ao longo de sua carreira, incluindo ser indicada para o Romance Writers of America RITA de ficção romântica e receber um Career Achievement Award da Romantic Times, além de ser publicada em vários idiomas e em vários formatos, incluindo audiobook, e-book e letras grandes



BOM CARNAVAL! 




Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 





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