Algumas Curiosidades Sobre A Divina Comédia

Olá, Perdidos! Há 700 anos, o escritor italiano Dante Alighieri deu seu último suspiro, provavelmente pensando em se reencontrar com seu grande amor e musa inspiradora, Beatriz, no dia 14 de setembro de 1321, aos 56 anos, em Ravenna, a última cidade que o acolheu após ter sido exilado, por motivos políticos, de Florença, sua cidade natal onde nunca mais poderia pisar novamente. Dante morreu de malária, doença contraída em uma missão diplomática à República de Veneza que mais tarde tornar-se-ia parte da Itália unificada no século XIX. 






Minha intenção era ler A Divina Comédia, poema épico escrito durante o Renascimento, e trazer uma bela resenha sobre a obra-prima de Dante e uma das obras mais importantes da literatura universal de todos os tempos, mas acho que já notaram que isso não aconteceu. O fato é que me envolvi em leituras e vídeos de apoio e em estudos sobre a história porque para ler essa obra in-crí-vel tem que ser devagar, saboreando, compreendendo e seguindo o fluxo do poema maravilhoso que nos leva do Inferno ao Paraíso. 

Iniciei a leitura e já posso dizer que Inferno, o primeiro livro, é, simplesmente, fascinante. A resenha vai vir. Aguardem!  


A Divina Comédia com ilustrações de Gustave Doré



Enquanto isso, e em comemoração (?!?) aos sete séculos de morte de Dante Alighieri, trago algumas... 


Curiosidades Sobre A Divina Comédia 


  1. O título original da obra de Dante era, simplesmente, A Comédia. Foi Giovanni Boccaccio, escritor italiano de Decamerão (1353), que a redefiniu como A Divina Comédia, além de ajudar a promover a obra e a figura de Dante. Em 1555 foi publicada pela primeira vez com “Divina” no título na edição veneziana composta por Ludovico Dolce; 
  2. A obra foi originalmente escrita em dialeto florentino ou toscano numa época em que o normal era que os livros e manuscritos fossem escritos em latim, o que contribuiu para a consolidação do dialeto toscano como a língua italiana; 
  3. A Divina Comédia não é nem um pouco engraçada. Nananinanão! Aí vem a pergunta: “Por que comédia se não é divertida?” Simples. Naquela época quando uma obra terminava com um final feliz era uma comédia e com um final triste, era uma tragédia. Nos referirmos ao inferno de Dante para descrever sofrimentos intermináveis e o adjetivo dantesco é usado como sinônimo de horrores diabólicos; 
  4. O número 3 está sempre presente na Divina Comédia. De acordo com Pitágoras, o número 3, que ele chama de tríade, é o mais nobre de todos os dígitos. Além de ter grande importância religiosa, sendo símbolo de união e equilíbrio e aparecendo na Santíssima Trindade cristã (Pai, Filho e Espírito Santo). Vale lembrar que o número representa também os personagens principais da história: Dante, Virgílio e Beatriz
  5. A obra é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso
  6. Ainda com relação ao número 3, o poema está dividido em estrofes de 3 versos, distribuídos em 33 cantos em cada uma das 3 partes. No total são 100 versos, pois o Inferno possui um canto a mais (o primeiro) que serve de introdução a todo o poema; 
  7. O Inferno tem formato de cone e é formado por nove círculos concêntricos que se afunilam conforme ficam mais profundos, até chegarem ao centro da Terra onde se encontra Lúcifer e na superfície está Jerusalém; 
  8. Cada livro termina com a palavra italiana “stelle” que significa estrelas
  9. Dante cria e utiliza pela primeira vez a Terza Rima que apresenta uma simetria matemática baseada no número três. O sistema de rima é impressionante e consiste em estrofes de três linhas (tercetos) em que a primeira e a terceira linhas rimam uma com a outra e a segunda rima com a primeira e a terceira do terceto seguinte. Criando uma rima entrelaçada dando a impressão de movimento infinito ao poema. Não há limite de tercetos e a série termina com uma linha que rima com a segunda linha da última estrofe (aba – bcb – cdc... – yzy z); 
  10. A prensa tipográfica foi inventada pelo alemão Johann Gutenberg, por volta de 1455, por isso a obra de Dante foi escrita e copiada à mão, fazendo que não existam duas versões idênticas dos manuscritos, tendo sido copiado desde sua criação até o advento da impressão. Que sucesso! 


Já conheciam essas curiosidades da Divina Comédia

Já leram a obra-prima de Dante Alighieri? Já? O que acharam? Se não, vocês pretendem ler? 

Me conta nos comentários. 



Doe livros, presenteie livros ou, apenas, indique livros. 
Incentive a leitura! 







Até a próxima! 
Beijos mil! :-) 

Criss 




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