Olá, Perdidos! Quem não conhece o incrível detetive belga Hercule Poirot que levante sua caneca de chocolate quente. Protagonista de muitas das histórias da Dama do Crime, monsieur Poirot é extremamente metódico e utiliza a dedução para resolver os crimes. No livro de contos Poirot Investiga, de Agatha Christie, podemos ver o detetive em ação.
Publicado pela primeira vez em 1924, este é o quarto livro de Agatha Christie. O livro traz 14 contos que têm como estrela principal de seu enredo o detetive belga criado por Agatha Christie: Hercule Poirot.
– Nunca vi ninguém ter tão boa opinião a respeito de si mesmo! – exclamei, dividido entre o divertimento e a irritação.
– O que estava querendo? Quando se é único, não se pode ignorar o fato. E há outros que partilham dessa opinião...
O detetive baixinho, ostentando um espesso bigode, metódico e impecavelmente vestido e que adora se gabar de sua excepcional dedução nos casos, utilizando suas “pequenas células cinzentas”, como ele chama, tem como parceiro e narrador de suas histórias o amigo Hastings. Quase todos os contos começam com os dois em seu apartamento conversando amenidades quando surge um chamado para ele solucionar algum crime inexplicável.
Os Contos
(os meus preferidos estão marcados com 💗)
1- A Aventura Do Estrela Do Ocidente
O detetive tem que evitar o roubo de um valiosíssimo diamante que pertence a uma atriz do cinema americano.
2- A Tragédia De Marsdon Manor
Poirot é contratado por uma seguradora para investigar uma morte muito suspeita.
3- A Aventura Do Apartamento Barato
O aluguel de um apartamento muito abaixo de seu valor de mercado faz com que Poirot e seu amigo se deparem com uma conspiração.
O homem já ia fechar a porta, mas Poirot rapidamente enfiou o pé na abertura. E tornou-se, subitamente, a caricatura perfeita de um francês enfurecido.
4- O Mistério De Hunter’s Lodge
Poirot está doente e Hastings tem a oportunidade de liderar a investigação do assassinato de um milionário. Porém, mesmo deitado em sua cama, é Poirot quem finalmente resolve o caso.
5- O Roubo De Um Milhão De Dólares Em Obrigações Do Tesouro
Vários Títulos do Tesouro no valor de um milhão de dólares desaparecem misteriosamente e Poirot é requisitado.
– Santo Deus, Poirot! Sabe que eu daria um bom dinheiro para vê-lo bancar o idiota rematado, por uma vez que fosse? Nunca vi ninguém tão abominavelmente presunçoso!
6- A Aventura Da Tumba Egípcia 💗
Poirot parte para o Cairo, no Egito, a fim de investigar uma sucessão de mortes que ocorrem, aparentemente, por causa de uma maldição que teve início após a abertura da tumba do faraó Men-her-Ra. Neste conto descobrimos que Poirot passa muito mal ao viajar de navio.
Um dos meus preferidos, com Poirot no Egito, Arqueologia (um interesse da própria Agatha Christie e meu) e sofrendo com a viagem de navio...
7- O Roubo Das Joias No Grand Metropolitan
Hastings e Poirot pretendem descansar no famoso hotel Grand Metropolitan, mas um roubo muda os planos dos amigos. O lazer ficará para depois.
8- O Primeiro-Ministro Sequestrado 💗
Uma tentativa de assassinato e sequestro do Primeiro-Ministro britânico faz com que Poirot mostre seu modo totalmente peculiar para desvendar o crime.
Gostei bastante desse conto. Foi um dos meus preferidos.
Ah, foi um plano astucioso! Mas ele não contava com a inteligência e a astúcia de Hercule Poirot!
9- O Desaparecimento Do Sr. Davenheim 💗
Neste conto o inspetor Japp aposta com o belga que não conseguirá solucionar o mistério que envolve o desaparecimento do Sr. Davenheim. Quem irá ganhar a aposta?
Também gostei bastante dessa história.
10- A Aventura Do Nobre Italiano 💗
Um conde italiano é assassinado e Poirot investiga o caso que, aparentemente, não é tão simples assim.
Um caso interessante.
11- O Caso Do Testamento Desaparecido 💗
Poirot ajuda uma jovem mulher a resolver a charada deixada por seu tio para que ela encontre o testamento escondido e receba sua herança. Este conto parece mais um tipo de caça ao tesouro.
Um caso interessante e que mostra como Poirot é presunçoso com relação à sua massa cinzenta. Impecável!
– Ah, que imbecil que tenho sido! Três vezes imbecil! Nunca mais vou me gabar de minhas pequenas células cinzentas!
– Já é alguma coisa – murmurei irritado.
12- A Dama De Véu
Uma carta constrangedora está em poder de um chantagista e pode acabar com o noivado de Lady Millicent com o duque de Southshire. A missão de Poirot é reaver a carta.
13- A Mina Perdida
Os papéis de uma mina abandonada desapareceram e um chinês foi assassinado, cenário perfeito para o detetive belga mostrar toda sua maestria.
14- A Caixa De Bombons 💗
Hastings relata o único fracasso do grande detetive Poirot que aconteceu quando ele ainda era um mero policial.
Neste caso curioso percebemos que, assim como todo mundo, monsieur Hercule Poirot é passível de erros.
É preciso aceitar as derrotas assim como as vitórias, meu amigo.
Os casos são os mais variados possíveis nesta coletânea de contos do prepotente, mas magnífico, detetive Poirot. Temos roubo, assassinato, sequestro, desaparecimento, conspiração, caça ao tesouro e até uma maldição da múmia! Pode isso? Hahahaha!
A narrativa é realizada pelo Capitão Arthur Hastings, seu fiel e ingênuo amigo. Assim como nos casos de Sherlock Holmes onde temos a perspectiva de “meu caro” Watson, aqui temos o olhar crítico de Hastings. Além do devotado amigo, o inspetor da Scotland Yard, Japp, também faz sua participação em algumas histórias.
Desejei que Poirot estivesse presente naquele momento. Às vezes, tenho a impressão de que ele subestima minha capacidade.
Contudo eu só gostei de pouquíssimos contos. Achei a resolução dos casos muito rápida, até mesmo para um gênio como Poirot. Em certos momentos tive a impressão de que o belga era um vidente, ao invés de um detetive, tão mirabolantes eram suas deduções.
Acredito que o tamanho dos contos, tão curtos, tenha sido o principal responsável pelas histórias sem desenvolvimento, sem suspense e sem glamour, necessários para o desenlace dos cenários misteriosos que Poirot tem que averiguar.
Nada contra Poirot, muito menos contra Agatha Christie, mas esse livro ficou aquém das capacidades da Rainha do Crime e de seu detetive. A escritora é conhecida por suas histórias com crimes considerados impossíveis de resolver, instigando o leitor a criar mil e uma teorias. No final, ela elucida o caso com suas reviravoltas excepcionais (e todas se encaixam perfeitamente bem!), nos deixando de boca aberta na maioria das vezes. Mas como? Por quê? Geeeenteeee! Hahahahaha!
As várias encarnações do detetive Poirot que passaram pelas telas |
Para quem é fã incondicional das obras de Agatha Christie e dos casos do detetive Hercule Poirot, com certeza vai achar os contos, no mínimo, interessantes, e irá se divertir bastante com o vaidoso detetive. Infelizmente, este livro não me encantou. Só achei elogiáveis os últimos contos.
O ponto alto da narrativa, e diria até engraçado, foi testemunhar Hastings se “contorcendo” a cada autoelogio promovido por Poirot e sua incapacidade de mostrar ao belga que ele possui “pequenas células cinzentas” tanto quanto ele. Em vão, é claro! Em contrapartida, presenciamos a tendência do Capitão a ser ludibriado por ruivas jovens e belas. Aiaiai, Hastings! É só ver um rostinho bonito que ele esquece tudo. Hahahaha! Mas, não se pode negar que o próprio detetive Hercule Poirot contribuiu com uma generosa pitada de humor por ser tão presunçoso.
FICHA TÉCNICA
Título: Poirot Investiga
Título Original: Poirot Investigates
Autor: Agatha Christie
Ano: 1925
Páginas: 240
Editora: Circulo do Livro
Gênero: Suspense Policial
Tradutor: A.B. Pinheiro de Lemos
AUTOR
Agatha Mary Clarissa Christie ou como todos a conhecem mundialmente Agatha Christie nasceu em Torquay, Inglaterra, no dia 15 de setembro de 1890.
Conhecida como a Rainha do Crime, Agatha Christie escreveu mais de 80 romances e coletâneas de contos, sem mencionar mais de uma dúzia de peças, incluindo A Ratoeira (The Mousetrap), peça que ficou mais tempo em cartaz na história do teatro.
Agatha se destacou por suas histórias de suspense policial, mas seus romances possuem temas muito mais abrangentes. Talvez por isso, seja considerada uma das escritoras mais queridas de todos os tempos.
Com tramas criativas e personagens fascinantes, foram realizadas inúmeras adaptações de seus livros para o cinema e a TV, principalmente, com dois de seus personagens mais emblemáticos: o detetive belga Hercule Poirot e a detetive amadora Miss Marple. Um verdadeiro tributo ao seu sucesso permanente.
Agatha é a romancista mais vendida e, portanto, a mais bem-sucedida da literatura popular mundial. Suas obras juntas venderam durante os séculos XX e XXI mais de quatro bilhões de cópias, ficando atrás apenas de Shakespeare (seu conterrâneo) e da Bíblia. Durante sua carreira ela utilizou o pseudônimo de Mary Westmacott em alguns livros.
Em 1971 foi condecorada pela Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, como “Dame” (Dama) do Império Britânico; título equivalente ao “Sir”, concedido aos homens. No dia 12 de janeiro de 1976, na cidade de Wallingford, também na Inglaterra, Agatha Christie morreu aos 85 anos, de causas naturais.
Conhecida como a Rainha do Crime, Agatha Christie escreveu mais de 80 romances e coletâneas de contos, sem mencionar mais de uma dúzia de peças, incluindo A Ratoeira (The Mousetrap), peça que ficou mais tempo em cartaz na história do teatro.
Agatha se destacou por suas histórias de suspense policial, mas seus romances possuem temas muito mais abrangentes. Talvez por isso, seja considerada uma das escritoras mais queridas de todos os tempos.
Com tramas criativas e personagens fascinantes, foram realizadas inúmeras adaptações de seus livros para o cinema e a TV, principalmente, com dois de seus personagens mais emblemáticos: o detetive belga Hercule Poirot e a detetive amadora Miss Marple. Um verdadeiro tributo ao seu sucesso permanente.
Agatha é a romancista mais vendida e, portanto, a mais bem-sucedida da literatura popular mundial. Suas obras juntas venderam durante os séculos XX e XXI mais de quatro bilhões de cópias, ficando atrás apenas de Shakespeare (seu conterrâneo) e da Bíblia. Durante sua carreira ela utilizou o pseudônimo de Mary Westmacott em alguns livros.
Em 1971 foi condecorada pela Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, como “Dame” (Dama) do Império Britânico; título equivalente ao “Sir”, concedido aos homens. No dia 12 de janeiro de 1976, na cidade de Wallingford, também na Inglaterra, Agatha Christie morreu aos 85 anos, de causas naturais.
Até a próxima!
Beijos mil! :-)
Beijos mil! :-)
Criss
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